terça-feira, 23 de agosto de 2011

O papel de um fisioterapeuta no esporte"Testes Funcional"

A reabilitação de um atleta apresenta diferentes etapas. A progressão desse processo e os critérios para o retorno ao esporte envolvem uma série de fatores. É esperado que ao final da reabilitação o atleta apresente valores normais de amplitude de movimento, força muscular, propriocepção e coordenação, para que possa retornar a prática segura da atividade física.  Usualmente são realizadas mensurações de goniometria, testes de resistência manual, isocinético… Além disso, há alguns instrumentos que permitem ter acesso a funcionalidade como por exemplo questionários e testes funcionais.
Na literatura são descritos testes funcionais na tentativa de “quantificação” da função de membros inferiores. Atletas que sofreram lesão ou alguma intervenção cirúrgica de membros inferiores podem fazer uso desse instrumento como uma forma mais segura de retorno a atividade. É muito comum o retorno precoce ao esporte, muitas vezes antes do tempo e das condições necessárias para a prática da atividade implicando em risco de lesões.
Os testes funcionais não são capazes de identificar uma alteração específica, mas podem ser utilizados para acessar a função dos membros inferiores, que envolve muitas variáveis, como edema, dor, crepitação, controle neuromuscular e estabilidade articular. Esses testes são de fácil e rápida aplicação sendo muito utilizados na prática clínica. Há diferentes tipos de testes funcionais tais como, hop tests, corrida e equilíbrio.
Os objetivos da aplicação de testes funcionais são:
  • Identificar possíveis déficits
  • Prever possível retorno ao esporte
  • Feedback ao paciente
Os hop tests são mais descritos na literatura e têm uma grande aplicação em pacientes que realizaram reconstrução do ligamento cruzado anterior. Estes testes são realizados da seguinte forma:
  1. Figure of eigth hop test – saltos consecutivos com uma perna só mãos para trás realizando uma figura em oito no espaço de 5 metros na maior velocidade possível, realizando duas voltas consecutivas. Marcar o tempo na execução da tarefa.

       2.  Up-down hop test - realizar 10 saltos consecutivos, com uma perna só mãos para trás, em um step com 20 cm de altura. Marcar o tempo gasto na execução da tarefa.
3. Side hop test­– realizar 10 saltos consecutivos, com uma perna só mãos para trás, entre duas linhas com distância de 30 cm. Marcar o tempo.

4. Single hop test – realizar um salto com uma perna só mãos para trás atingindo a máxima distância. Marcar a distância atingida.
Todos os testes devem ser realizados por 3 vezes em cada lado, sendo orientado um intervalo de 1 minuto entre cada tentativa. É esperado que o atleta apresente no máximo 20% de déficit em relação ao membro contralateral.
Os testes devem ser realizados em uma fase mais tardia da reabilitação, visando ser uma ferramenta para estabelecer critérios de alta do paciente. Uma ferramenta prática, sem custos e de fácil aplicação.
Ft. Gabriela Borin

Nenhum comentário:

Postar um comentário