terça-feira, 20 de setembro de 2011

Historia da Computação

Na primeira metade do século XX, várias computadores mecânicos foram desenvolvidos, sendo que com o passar do tempo, componentes eletrônicos foram sendo adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar Bush implementou um computador com uma arquitetura binária propriamente dita, usando os bits 0 e 1.  A base decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 voltagens diferentes, o que era muito difícil de ser controlado. Por isso, Bush fez uso da lógica de Boole, onde somente dois níveis de voltagem já eram suficientes.

A segunda guerra mundial foi um grande incentivo no desenvolvimento de computadores, visto que as máquinas cada vez mais estavam se tornando mais úteis em tarefas de desencriptação de mensagens inimigas e criação de novas armas mais inteligentes.  Entre os projetos desenvolvidos neste período, o que mais se destacou foi o Mark I, no ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o Colossus, em 1946, criado por Allan Turing.

A História dos computadores e da computação

Conheça os principais computadores usados desde a antiguidade até os dias de hoje.

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 Computadores Pré-modernos

Na primeira metade do século XX, várias computadores mecânicos foram desenvolvidos, sendo que com o passar do tempo, componentes eletrônicos foram sendo adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar Bush implementou um computador com uma arquitetura binária propriamente dita, usando os bits 0 e 1.  A base decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 voltagens diferentes, o que era muito difícil de ser controlado. Por isso, Bush fez uso da lógica de Boole, onde somente dois níveis de voltagem já eram suficientes.

A segunda guerra mundial foi um grande incentivo no desenvolvimento de computadores, visto que as máquinas cada vez mais estavam se tornando mais úteis em tarefas de desencriptação de mensagens inimigas e criação de novas armas mais inteligentes.  Entre os projetos desenvolvidos neste período, o que mais se destacou foi o Mark I, no ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o Colossus, em 1946, criado por Allan Turing.
Painel lateral do Mark I

Sendo uma das figuras mais importantes da computação, Allan Turing focou sua pesquisa na descoberta de problemas formais e práticos que poderiam ser resolvidos através de computadores. Para aqueles que apresentavam solução, foi criada a famosa teoria da “Máquina de Turing”, que através de um número finito de operações, resolvia problemas computacionais de diversas ordens diferentes. A máquina de Turing foi colocada em prática através do Computador Colosssus, citado acima.

Computação moderna

A computação moderna pode ser definida pelo uso de computadores digitais, que não utilizam componentes analógicos com base de seu funcionamento. Ela pode ser dividida em várias gerações:

Primeira Geração (1946 - 1959)
A primeira geração de computadores modernos tinha com principal característica o uso de válvulas eletrônicas, possuindo dimensões enormes. Eles utilizavam quilômetros de fios, chegando a atingir temperaturas muito elevadas, o que frequentemente causava problemas de funcionamento.  Normalmente, todos os programas eram escritos diretamente na linguagem de máquina.  Existiram várias máquinas dessa época, contudo, vamos focar no ENIAC, que foi a famosa de todas.

A História dos computadores e da computação

Conheça os principais computadores usados desde a antiguidade até os dias de hoje.

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 Computadores Pré-modernos

Na primeira metade do século XX, várias computadores mecânicos foram desenvolvidos, sendo que com o passar do tempo, componentes eletrônicos foram sendo adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar Bush implementou um computador com uma arquitetura binária propriamente dita, usando os bits 0 e 1.  A base decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 voltagens diferentes, o que era muito difícil de ser controlado. Por isso, Bush fez uso da lógica de Boole, onde somente dois níveis de voltagem já eram suficientes.

A segunda guerra mundial foi um grande incentivo no desenvolvimento de computadores, visto que as máquinas cada vez mais estavam se tornando mais úteis em tarefas de desencriptação de mensagens inimigas e criação de novas armas mais inteligentes.  Entre os projetos desenvolvidos neste período, o que mais se destacou foi o Mark I, no ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o Colossus, em 1946, criado por Allan Turing.
Painel lateral do Mark I

Sendo uma das figuras mais importantes da computação, Allan Turing focou sua pesquisa na descoberta de problemas formais e práticos que poderiam ser resolvidos através de computadores. Para aqueles que apresentavam solução, foi criada a famosa teoria da “Máquina de Turing”, que através de um número finito de operações, resolvia problemas computacionais de diversas ordens diferentes. A máquina de Turing foi colocada em prática através do Computador Colosssus, citado acima.

Computação moderna

A computação moderna pode ser definida pelo uso de computadores digitais, que não utilizam componentes analógicos com base de seu funcionamento. Ela pode ser dividida em várias gerações:

Primeira Geração (1946 - 1959)
A primeira geração de computadores modernos tinha com principal característica o uso de válvulas eletrônicas, possuindo dimensões enormes. Eles utilizavam quilômetros de fios, chegando a atingir temperaturas muito elevadas, o que frequentemente causava problemas de funcionamento.  Normalmente, todos os programas eram escritos diretamente na linguagem de máquina.  Existiram várias máquinas dessa época, contudo, vamos focar no ENIAC, que foi a famosa de todas.

ENIAC

No ano de 1946, ocorreu uma revolução no mundo da computação, como o lançamento do computador ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly. Esta máquina era em torno de 1000 vezes mais rápida que qualquer outra que existia na época.

Um pedaço de um computador ENIAC

A principal inovação nesta máquina é a computação digital, muito superior aos projetos mecânicos-analógicos desenvolvidos até o exato momento. Com o ENIAC, a maioria das operações eram realizadas sem a necessidade de movimentar peças de forma manual, mas sim somente pela entrada de dados no painel de controle. Cada operação podia ser acessada através de configurações padrões de chaves e switches.

As dimensões desta máquina são muito grandes, com aproximadamente 25 metros de comprimento por 5,50 m de altura. O seu peso total era de 30 toneladas. Esse valor representa algo como um andar inteiro de um prédio.  

Segunda Geração (1959 - 1964)
Na segunda geração, houve a substituição das  válvulas eletrônicas por transístores, o que diminiu em muito tamanho do hardware. A tecnologia de circuitos impressos também foi criada, assim evitando que os fios e cabos elétricos ficassem espalhados por todo lugar. É possível dividir os computadores desta geração em duas grandes categorias: supercomputadores e mini-computadores.

IBM 7030IBM 7030

O IBM 7030, também conhecido por Strech, foi o primeiro supercomputador lançado na segunda geração, desenvolvido pela IBM. Seu tamanho era bem reduzido comparado com máquinas como o ENIAC, podendo ocupar somente uma sala comum. Ele era utilzado por grandes companhias, custando em torno de 13 milhões de dólares na época. 

Esta máquina executava cálculos na casa dos microssegundos, o que permitia até um milhão de operações por segundo.  Desta maneira, um novo patamar de velocidade foi atingido. Comparado com os da primeira geração, os supercomputadores, como o IBM 7030, eram mais confiáveis.

Várias linguagens foram desenvolvidas para os computadores de segunda geração, como Fortran, Cobol e Algol. Assim, softwares já poderiam ser criados com mais facilidade Muitos Mainframes (modo como as máquinas dessa época são chamadas) ainda estão em funcionamento em várias empresas no dias de hoje, como na própria IBM.


PDP-8


PDP-8 foi um dos mini-computadores mais conhecidos da segunda geração. Basicamente, foi uma versão mais basica do supercomputador, sendo mais atrativo do ponto de vista financeiro (centenas de milhões de dólares).  Eram menores do que os supercomputadores, mas mesmo assim ainda ocupavam um bom espaço no cômodo.

Terceira geração (1964 – 1970)
Painel de controle do IBM 360Os computadores desta geração foram conhecidos pelo uso de circuitos integrados, ou seja, permitiram que uma mesma placa armazenasse vários circuitos que se comunicavam com hardwares distintos ao mesmo tempo. Desta maneira, as máquinas se tornaram mais velozes, com um número maior de funcionalidades. O preço também diminuiu consideravelmente.

Um dos principais exemplos da Terceira geração é o IBM 360/91, lançado em 1967, sendo um grande sucesso em vendas na época. Esta máquina já trabalhava com dispositivos de entrada e saída modernos para a época, como discos e fitas de armazenamento, além da possibilidade de imprimir todos os resultados em papel. 

O IBM 360/91 foi um dos primeiros a permitir programação da CPU por microcódigo, ou seja, as operações usadas por um processador qualquer poderiam ser gravadas através de softwares, sem a necessidade do projetar todo o circuito de forma manual.

No final deste período, houve um preocupação com a falta de qualidade nos desenvolvimento de softwares, visto que grande parte das empresas estavam só focadas no hardware.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O papel do fisioterapeuta

O fisioterapeuta deixou, há algum tempo, de ter apenas papel de reabilitador na complexa rede de profissionais da saúde. Hoje, é um profissional que atua amplamente na prevenção, proteção e promoção da saúde, transitando com propriedade nas diversas áreas oferecidas pelo mercado de trabalho, preocupando-se especialmente com a melhoria da qualidade de vida da população. O problema que o profissional fisioterapeuta ainda não tem o devido reconhecimento. Apenas quando alguém de destaque na mídia necessita de nosso trabalho é que se fala sobre sua real importância. Já melhorou muito, pois há alguns anos atrás não passávamos de profissionais figurativamente liberais, pois vivíamos atrelados á classe médica. O que fez com que tudo isso melhorasse??? A própria classe profissional.  ciência da Fisioterapia cresceu e se valorizou, deixando de utilizar métodos empíricos, os profissionais tornaram-se mais e mais qualificados, passando a trabalhar sobre bases sólidas de pesquisas comprovadas cientificamente, a tecnologia invadiu a profissão com aparelhos cada vez mais específicos e sofisticados e a arte de trabalhar com as mãos tornou-se ciência. Ainda há discriminação, mas também, como em todas as áreas, ainda há profissionais ruins e pouco capacitados. Por isso é tão importante a formação do fisioterapeuta.

Síndrome da Banda Iliotibial – Lesão no corredor

 

6 08 2011
A síndrome da banda iliotibial é a causa mais comum de dor lateral no joelho em corredores, com incidência maior que 12% de todas as lesões por sobrecarga encontradas na corrida. É uma lesão causada pelo atrito repetitivo da banda iliotibial, principalmente pelas fibras posteriores, no epicôndilo lateral do fêmur. Como se trata de uma lesão por sobrecarga, é muito observado em corredores de longa distancia. Estudos mostram que durante o ciclo da corrida, o momento de maior atrito das fibras posteriores da banda iliotibial no epicôndilo lateral do fêmur ocorre logo após o toque do pé no solo. Essa zona de atrito se encontra a aproximadamente 30 graus de flexão do joelho.
Existem vários fatores que podem desencadear a síndrome da banda iliotibial em corredores, como por exemplo, a corrida excessiva em uma mesma direção, quilometragem semanal maior que a normal, corrida em declive (downhill), fraqueza ou inibição de musculatura abdutora de quadril, deformidades como pé plano e diminuição da amplitude de movimento da articulação do tornozelo e discrepância de membros. Um estudo realizado em corredores, pela Universidade de Stanford, encontrou um aumento de ativação da musculatura adutora de quadril durante o ciclo de corrida, o que significa que havia uma diminuição na capacidade dos abdutores do quadril (glúteo médio e mínimo) de controlar, de forma excêntrica, o movimento de adução.
Os sintomas normalmente começam após a corrida. O atleta sente dor em queimação na região lateral do joelho, com ou sem presença de crepitação e leve edema no local da dor. Também pode haver queixa de dor após longos períodos sentado com joelhos em flexão. Em casos mais severos, a dor pode surgir durante uma caminhada ou ao descer escadas. É comum encontrar restrição miofascial, que pode acentuar a dor lateral do joelho, trigger points (pontos de tensão), contraturas musculares, principalmente em vasto lateral, glúteo mínimo, piriforme e bíceps femoral. O atleta com fraqueza de glúteo médio e mínimo tende a compensar seus movimentos com o músculo tensor da fáscia lata e quadrado lombar, por isso é importante realizar testes funcionais (single leg balance, anterior and ipsilateral reach test,etc.) para medir a força de glúteos e assim observar se há um desequilíbrio entre esses grupos musculares.
O principal objetivo na fase inicial do tratamento é diminuir a inflamação no local do atrito entre a banda e o fêmur. Para isso podemos realizar criomassagem e fonoforese e pedir para o corredor diminuir sua carga de treinamento e evitar atividades como andar de bicicleta (para manter o condicionamento físico), pois isso aumenta o atrito entre as duas estruturas. O ideal nessa fase é realizar atividades como a natação, porém, sem fazer muito uso das pernas.
Quando a dor do paciente diminuir, alongamentos podem ser iniciados. Ao apresentar uma fraqueza de glúteo médio e mínimo, o corredor compensa com outros músculos (como citado anteriormente), por isso a importância de trabalhar o alongamento nessa musculatura. A liberação miofascial da banda iliotibial e dos músculos compensatórios também deve ser feita, de preferência antes de iniciar o fortalecimento muscular.
Os principais músculos a serem trabalhados nos exercícios de fortalecimento para corredores com síndrome da banda iliotibial são os abdutores de quadril (principalmente os glúteos médio e mínimo), dando ênfase para a fase excêntrica desses músculos. Porém, toda a musculatura de quadril e joelho deve ser trabalhada. Exercícios de propriocepção e treinos funcionais de corrida também devem ser realizados durante a reabilitação, até que o atleta possa retornar gradualmente ao esporte. Para tanto, é necessário que o corredor esteja realizando os exercícios de força e os funcionais de corrida sem dor. É recomendado que o atleta volte a correr em dias alternados, realizando pequenos sprints e evitando as corridas em declives (downhill) nas primeiras semanas. Ele pode iniciar os treinos de corrida em superfícies que ofereçam menos impacto, como a esteira, pista de borracha, gramado, para em seguida evoluir para corridas de rua. Além disso, a freqüência e a distância percorrida devem ser aumentadas somente a partir da terceira ou quarta semana após o retorno ao esporte.
Esse retorno a corrida depende da cronicidade do caso e das limitações do atleta devido à lesão, porém a recuperação completa demora normalmente seis semanas para ocorrer.
Ft. Ana Carolina Villa-Lobos

O papel de um fisioterapeuta no esporte"Testes Funcional"

A reabilitação de um atleta apresenta diferentes etapas. A progressão desse processo e os critérios para o retorno ao esporte envolvem uma série de fatores. É esperado que ao final da reabilitação o atleta apresente valores normais de amplitude de movimento, força muscular, propriocepção e coordenação, para que possa retornar a prática segura da atividade física.  Usualmente são realizadas mensurações de goniometria, testes de resistência manual, isocinético… Além disso, há alguns instrumentos que permitem ter acesso a funcionalidade como por exemplo questionários e testes funcionais.
Na literatura são descritos testes funcionais na tentativa de “quantificação” da função de membros inferiores. Atletas que sofreram lesão ou alguma intervenção cirúrgica de membros inferiores podem fazer uso desse instrumento como uma forma mais segura de retorno a atividade. É muito comum o retorno precoce ao esporte, muitas vezes antes do tempo e das condições necessárias para a prática da atividade implicando em risco de lesões.
Os testes funcionais não são capazes de identificar uma alteração específica, mas podem ser utilizados para acessar a função dos membros inferiores, que envolve muitas variáveis, como edema, dor, crepitação, controle neuromuscular e estabilidade articular. Esses testes são de fácil e rápida aplicação sendo muito utilizados na prática clínica. Há diferentes tipos de testes funcionais tais como, hop tests, corrida e equilíbrio.
Os objetivos da aplicação de testes funcionais são:
  • Identificar possíveis déficits
  • Prever possível retorno ao esporte
  • Feedback ao paciente
Os hop tests são mais descritos na literatura e têm uma grande aplicação em pacientes que realizaram reconstrução do ligamento cruzado anterior. Estes testes são realizados da seguinte forma:
  1. Figure of eigth hop test – saltos consecutivos com uma perna só mãos para trás realizando uma figura em oito no espaço de 5 metros na maior velocidade possível, realizando duas voltas consecutivas. Marcar o tempo na execução da tarefa.

       2.  Up-down hop test - realizar 10 saltos consecutivos, com uma perna só mãos para trás, em um step com 20 cm de altura. Marcar o tempo gasto na execução da tarefa.
3. Side hop test­– realizar 10 saltos consecutivos, com uma perna só mãos para trás, entre duas linhas com distância de 30 cm. Marcar o tempo.

4. Single hop test – realizar um salto com uma perna só mãos para trás atingindo a máxima distância. Marcar a distância atingida.
Todos os testes devem ser realizados por 3 vezes em cada lado, sendo orientado um intervalo de 1 minuto entre cada tentativa. É esperado que o atleta apresente no máximo 20% de déficit em relação ao membro contralateral.
Os testes devem ser realizados em uma fase mais tardia da reabilitação, visando ser uma ferramenta para estabelecer critérios de alta do paciente. Uma ferramenta prática, sem custos e de fácil aplicação.
Ft. Gabriela Borin